Conexão Ciência destaca pesquisa do NAPI EZC sobre qualidade da água que bebemos

O portal Conexão Ciência publicou recentemente a matéria “O que fazer quando a água não é só água”, apresentando uma pesquisa conduzida por pesquisadores do NAPI EZC (Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – Energia Zero Carbono).

O estudo revela um cenário preocupante: mesmo quando parece limpa, a água que chega a muitas comunidades pode conter contaminantes invisíveis, que comprometem tanto a saúde humana quanto o meio ambiente.

Quando a água não é apenas H₂O

De acordo com a matéria, a pesquisa realizada por membros do NAPI EZC analisou amostras de diferentes regiões do Paraná e identificou traços de contaminantes emergentes — substâncias químicas que não são removidas pelos sistemas convencionais de tratamento de água.
Entre elas, estão resíduos de medicamentos, pesticidas e produtos industriais que, mesmo em baixas concentrações, podem causar efeitos cumulativos no organismo e desequilíbrios nos ecossistemas aquáticos.

A equipe do NAPI EZC ressalta que a presença desses compostos demonstra a importância de se repensar o conceito de “água potável”: nem sempre a ausência de cor ou odor significa pureza.

Os desafios identificados pela pesquisa

O trabalho divulgado pelo Conexão Ciência mostra que os desafios da qualidade da água são complexos e multifatoriais:

  • Contaminação química por resíduos de agrotóxicos, metais pesados e compostos farmacêuticos;

  • Poluição microbiológica, com presença de microrganismos patogênicos;

  • Falta de monitoramento contínuo em fontes rurais e em sistemas alternativos de abastecimento;

  • Efeitos combinados de múltiplos poluentes, muitas vezes não previstos nas legislações atuais.

Esses resultados apontam para a necessidade de novas políticas públicas de controle e fiscalização, além de tecnologias de purificação mais avançadas e acessíveis.

O papel da ciência e da inovação

A pesquisa, conduzida com apoio da Fundação Araucária e vinculada ao NAPI EZC, propõe soluções inovadoras baseadas em adsorventes à base de carbono, materiais sustentáveis e técnicas de monitoramento com sensores avançados para detecção de contaminantes emergentes.
Essas iniciativas dialogam diretamente com os objetivos do NAPI EZC: promover ciência aplicada, com foco em sustentabilidade e redução de impacto ambiental.

O alerta do NAPI EZC

Segundo os pesquisadores envolvidos, é essencial compreender que “a água não é só água”: ela reflete o modo como produzimos, consumimos e descartamos substâncias no ambiente.
O problema não é apenas químico — é também social, político e cultural, pois envolve o uso consciente da água, o controle do despejo de resíduos e o investimento em saneamento básico.

O grupo reforça que a sociedade precisa participar ativamente desse debate, exigindo transparência nos relatórios de qualidade da água, apoiando práticas sustentáveis e valorizando a pesquisa científica que aponta caminhos concretos para preservar os recursos hídricos.

Caminhos propostos

Entre as medidas apontadas pelo NAPI EZC, destacam-se:

  1. Monitoramento contínuo e descentralizado da qualidade da água;

  2. Investimento em tecnologias limpas e acessíveis para o tratamento doméstico e coletivo;

  3. Integração entre universidades, órgãos ambientais e setor produtivo;

  4. Educação ambiental voltada ao consumo consciente e à proteção das fontes hídricas.

Ciência paranaense em destaque

Ao dar visibilidade à pesquisa do NAPI EZC, o Conexão Ciência reforça o papel estratégico dos grupos de pesquisa do Paraná na busca por soluções sustentáveis para um problema global.
A matéria evidencia como a ciência produzida localmente pode gerar impactos reais na vida das pessoas, contribuindo para uma sociedade mais saudável, consciente e ambientalmente responsável.


Leia a matéria completa no portal Conexão Ciência:
👉 O que fazer quando a água não é só água

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