Impactos do descarte de módulos fotovoltaicos e alternativas para um reaproveitamento sustentável

Com o aumento da demanda por energia e a necessidade de fontes renováveis com menor impacto ambiental, a geração fotovoltaica está se tornando mais importante na matriz energética global. No entanto, surge um novo desafio: o descarte dos painéis solares ao final de sua vida útil. Estima-se que, em um período de 25 a 30 anos, cerca de 550 mil toneladas de painéis solares serão descartadas no Brasil, de acordo com a IRENA. Portanto, é essencial encontrar formas adequadas de descarte e reaproveitamento dos materiais para minimizar o impacto ambiental. Este estudo tem como objetivo apresentar os impactos ambientais causados pela destinação inadequada dos módulos fotovoltaicos de primeira geração, que tiveram uma grande participação no mercado fotovoltaico. Além disso, contextualiza o problema e as oportunidades, descreve de forma sucinta os principais métodos e processos de reciclagem encontrados na literatura e revisa a atuação da legislação brasileira atual em relação a essa temática. Também são apresentadas sugestões para alcançar melhores índices, como a União Europeia, que exige a reciclagem de pelo menos 85% do material que compõe o painel, adicionalmente envolvendo conceitos como logística reversa e economia circular. Este trabalho foi realizado por meio de uma revisão da literatura técnico-científica sobre dados disponíveis por órgãos responsáveis e pesquisas recentes realizadas no Brasil e no exterior, considerando aspectos ambientais, econômicos, sociais e técnicos.