VÁLVULA INTELIGENTE - Um potencial na tecnologia assistiva promovendo autonomia

Brendow Hatschbach da Silva*

Nos últimos anos, testemunhou-se um crescimento exponencial no desenvolvimento tecnológico em diversas esferas da sociedade, desde avanços impressionantes em inteligência artificial até a proliferação de dispositivos conectados em rede. Além disso, é cada vez mais importante que esse avanço seja direcionado também às pessoas com alguma deficiência, pois enquanto a tecnologia torna as coisas mais fáceis para pessoas sem deficiência, para pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis (Mary Pat Radabaugh).

Figura 1 – Porcentagem da população, por tipo e grau de dificuldade e deficiência. Fonte: IBGE Educa. 

Disponível em: https://www.each.usp.br/petsi/jornal/?p=2844#:~:text=%E2%80%9CTecnologia%20Assistiva%20%C3%A9%20uma%20%C3%A1rea,incapacidades%20ou%20mobilidade%20reduzida%2C%20visando.

Segundo o Censo de 2010, 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, afirmaram enfrentar algum grau de dificuldade para enxergar, ouvir, caminhar, subir degraus ou possuem deficiência mental ou intelectual. 

Se contarmos apenas aqueles com dificuldades severas ou perda total de alguma habilidade, além daqueles com deficiência mental ou intelectual, são mais de 12,5 milhões de brasileiros com deficiências, o que equivale a 6,7% da população. 

Como mostra a Figura 1.

Uma forma de inclusão de pessoas com deficiência é através do desenvolvimento de tecnologias assistivas, que consistem em um conjunto de recursos e serviços desenvolvidos com o objetivo de proporcionar maior acessibilidade e autonomia às pessoas com deficiência. 

O objetivo é garantir que esse grupo da população esteja plenamente integrado na sociedade e seja capaz de realizar suas atividades diárias de forma equitativa em relação às pessoas sem deficiência.

Pessoas com deficiência motora enfrentam desafios significativos em suas atividades diárias, incluindo tarefas tão simples quanto abrir e fechar uma torneira para controlar o fluxo de água. 

A falta de autonomia nessas atividades básicas pode resultar em dependência de cuidadores ou em dificuldades adicionais na realização de tarefas cotidianas, afetando sua qualidade de vida e independência.

Visando lidar com esta parcela da população, um dispositivo está sendo desenvolvido na Smart Sensor Design: trata-se de um projeto de uma válvula eletrônica capaz de ser acionada através de um aparelho remoto ou até mesmo um assistente virtual como a Alexa. 

Este dispositivo tem como objetivo assistir pessoas com algum tipo de incapacidade motora a controlar o fluxo de água através de uma válvula.

Com o desenvolvimento deste projeto, sistemas de irrigação, torneiras de hospitais, filtros domésticos, etc., estariam adaptados para que pessoas com algum tipo de deficiência pudessem utilizar seus recursos. Possibilitando, assim, uma maior inclusão dessa parcela da população tantas vezes excluída, garantindo-a uma maior autonomia em suas atividades do dia a dia. 

Além disso, para pessoas sem deficiência, este produto transformaria atividades do cotidiano em algo mais prático e rápido.

Autor:

Brendow Hatschbach da Silva, bolsista Fundação Araucária de Iniciação Tecnológica do NAPI EZC, e desenvolve suas pesquisas na Smart Sensor Design., sob a orientação do Prof. Dr. Sandro Lautenschlager. 

Essa pesquisa
contribui para as seguintes ODS:

CANAIS DE CONTATO DO NAPI

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