Um ambiente de inovação, também conhecido como habitat de inovação, pode ser descrito de diversas formas. Contudo, independentemente da definição adotada, sua essência está na utilização da ciência e da tecnologia para a conversão de conhecimento em inovação.
Alguns exemplos encontrados no Brasil são Parques Tecnológicos, Incubadoras de Empresas, Centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e Hubs de Inovação.
Muitos desses ambientes encontram-se nas universidades públicas, considerando que as instituições de ensino são protagonistas no avanço científico do Brasil. Muitas pesquisas acabam gerando produtos e serviços, mas uma parte significativa desse conhecimento ainda fica restrita aos laboratórios e não chega ao mercado.
Foi para reduzir essa distância que nasceu a Lei de Inovação (2004), estimulando a aproximação entre universidades e empresas. Apesar disso, ainda é comum que os ambientes de inovação foquem apenas em espaço físico e benefícios fiscais, deixando em segundo plano dois pontos estratégicos:
• Gestão da Propriedade Intelectual (PI);
• Transferência de Tecnologia (TT);
Por que a Propriedade Intelectual é tão importante?
Porque garante exclusividade sobre as inovações, dificultando cópias e aumentando as chances de retorno financeiro para os pesquisadores, empresas e ao governo.
E a Transferência de Tecnologia?
É o caminho para transformar pesquisa em negócios reais, por meio de:
E a Transferência de Tecnologia?
Mesmo com leis e incentivos, os pesquisadores ainda não recebem apoio estratégico para analisar, proteger e transformar suas pesquisas em ativos intelectuais, e ao buscarem os ambientes de inovação, muita das vezes esses não possuem um parâmetro para analisar a viabilidade das pesquisas em produtos tecnológicos. O resultado? O Brasil perde oportunidades de transformar ciência em desenvolvimento econômico.
Muito Além da Infraestrutura
Os Ambientes de Inovação não devem se limitar a oferecer apenas espaço físico e alguns serviços básicos. Seu papel estratégico vai além como:
• Orientar as empresas sobre gestão de Propriedade Intelectual (PI) e Transferência de Tecnologia (TT).
Por que isso importa?
Análise Inicial é Fundamental
Para apoiar de forma eficaz, os ambientes de inovação precisam avaliar:
Checklist Inicial para Empresas em Ambientes de Inovação
Ao ingressar em um ambiente de inovação, as empresas devem responder às seguintes questões:
Esse checklist funciona como porta de entrada para mapear oportunidades e riscos, ajudando a empresa a aproveitar ao máximo o ambiente de inovação.
Refererências
MATATKOVA, K.; STEJSKAL, J. Descriptive analysis of the regional innovation system: novel method for public administration authorities. Transylvanian Review of Administrative Sciences, Romênia, v. 1, n. 39, 2 dez. 2013, p. 91-107. Mensal. Disponível em: <http://rtsa.ro/tras/index.php/tras/article/view/126/122>. Acesso em: 17 fev. 2025.
MORAES, C. S. FIRMO, D. O. O papel das incubadoras de empresas no estabelecimento de arranjos produtivos estruturados. Anais do Simpósio da Gestão Tecnológica, v. 23, 2004.
NÚCLEO DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA DA UNIVERSIDADE DE LAVRAS (NINTEC/UFLA). Transferência de tecnologia. 2017. Disponível em: <http://www.nintec.ufla.br/transferencia-de-tecnologia/>. Acesso em: 17 fev. 2025.
SERRA, B., SERRA, F. R., FERREIRA, M. P., & Fiates, G. G. (2011). Fatores fundamentais para o desempenho de incubadoras de base tecnológica. RAI Revista de Administração e Inovação, 8(1), 221-248.
Autor:
Layssa Araújo Pinto realiza estudos sob orientação do prof. dr. Marcelo Farid