A refrigeração em estado sólido, baseada nos efeitos i-calóricos, vem sendo considerada como uma alternativa economicamente viável e ecologicamente amigável para substituição da refrigeração convencional por compressão de vapor.

Um sistema calórico de refrigeração em estado sólido substitui os compressores e fluidos refrigerantes, respectivamente, por uma fonte externa de campo “i” e um refrigerante em estado sólido. A resposta térmica (ou efeito calórico) resultante da aplicação (ou remoção) desta fonte externa de campo “i” é caracterizada por meio de uma variação adiabática de temperatura (∆TS), ou por meio de uma variação isotérmica de entropia (∆St).

A fonte externa de campo “i” pode ser magnética, elétrica ou mecânica, classificando o efeito como magnetocalórico (Eh – C), eletrocalórico (Ee – C) ou mecanocalórico (Eσ – C), respectivamente. O Eσ – C pode ainda ser subdivido de acordo com os diferentes campos de tensão mecânica aplicados em: efeito elastocalórico (Eσe – C), oriundo da aplicação de uma tensão uniaxial, efeito barocalórico (Eσb – C), em que o material é submetido a uma variação de pressão hidrostática (∆p), e efeito torsiocalórico (Eσt – C), decorrente da aplicação de tensão de cisalhamento torcional pura ao material.

Este projeto utilizará a estrutura do Laboratório de Máquinas Térmicas para desenvolvimento de novos materiais e regeneradores mecanocalóricos.